No governo de Lula, Antonio Palocci foi acusado de ter solicitado a quebra de sigilo bancário de Francenildo ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, informações estas que depois, misteriosamente, vazaram. O caso teve muita repercussão, mas não impediu a nova presidente Dilma Rousseff de confiar no ministro e convocá-lo para cuidar da pasta da Casa Civil em seu governo. E aí novas acusações finalmente derrubaram Palocci, dessa vez, por suspeita de ter feito tráfico de influência e por ter sido pego com um patrimônio, digamos, muito mais generoso do que as condições de ministro e ex-deputado poderiam lhe ofertar... Alguém duvida de que no próximo governo ele “ressuscitará” (e muito provavelmente será eleito pelo povo)?
O Corinthians ganha um estádio de presente supostamente porque o Morumbi não tem condições de sediar a Copa do Mundo. O que ninguém pergunta é por que os estádios particulares têm que “se virar nos 30” para arrumar capital para financiar as megalomanias da Fifa, enquanto outros recebem de presente estádios prontinhos (e sem nunca terem investido realmente para tê-los).
É importante também analisar o ótimo relacionamento de Ricardo Teixeira com Aécio Neves... Será que tudo isso é apenas coincidência, ou uma manobra para lá de bem desenhada para que a abertura da Copa aconteça em Minas, e não em São Paulo? Afinal, alguém duvida de que o estádio do Corinthians não ficará pronto a tempo?
Ah, e antes que chovam comentários de corinthianos, acho importante esclarecer que não sou são-paulino nem tenho nada contra o Aécio. Aliás, me revolta a forma como as pessoas se doem pelo futebol, mas pouco ou nada se mexem pela política...
A essa altura, você pode estar se perguntando: “Afinal de contas, o que tudo isso tem a ver com vendas?”. Olhe à sua volta. Você mesmo já deve ter escutado histórias de vendedores roubando comissões uns dos outros ou criando campanhas que não existem na empresa só para venderem mais. Isso só para citar dois pequenos exemplos de falcatruas em vendas.
Serão só coincidências? Ou reflexo do velho jeito Gerson de agir, afinal, “o importante é ser esperto”, não é mesmo? Como diria a velha propaganda do cigarro Vila Rica, “leve vantagem você também”...
Embasado em histórias como essa, sinto-me tentado a perguntar a você, Daniel: as pessoas estão ficando mais desonestas? Conte para mim sua história (positiva ou negativa) e suas impressões em relação ao tema honestidade. Como você avalia o universo de vendas nesse quesito? Os melhores depoimentos farão parte de uma das próximas edições da revista VendaMais.
Um abraço e boa$ venda$!
Raúl Candeloro