quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dá para aumentar os preços sem perder clientes?

Entrevista concedida à Pauline Machado, da Revista Gestão e Negócios (www.revistagestaoenegocios.com.br), sobre a importância da diferenciação para o sucesso das pequenas empresas (e como fazer isso na prática):

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O especialista e consultor em vendas, diretor da editora Quantum e um dos autores do livro “Desafios de Vendas – os 30 maiores desafios de vendas e 90 ferramentas para você superá-los”, Raul Candeloro, conversa com exclusividade com a equipe da Gestão&Negócios e detalha como é  possível aumentar os preços sem perder os clientes.

Gestão&Negócios: As pequenas e médias empresas realmente têm condições de competir com as grandes  nessa “guerra por preços baixos” ou o risco de falir é maior por não terem margem de lucro?

Raul Candeloro: Uma empresa de preço baixo precisa de volume para ter sucesso. esse volume é necessário para diluir custos fixos e também para ter maior poder de barganha com fornecedores para baixar custos variáveis, mantendo assim as margens de lucro razoavelmente atrativas. O pior cenário possível é justamente quando uma empresa pequena, com volume pequeno, decide competir oferecendo preços baixos. Volume baixo com margem baixa de lucro é receita infalível de fracasso.

G&N: Quais devem ser as medidas das PMEs para manterem seu posicionamento neste mercado acirrado?

RC: Eu recomendaria dois caminhos:

a) Com clientes: usar a “Questão Definitiva”, do Frederick Reichheld, para fazer pós-venda. A pergunta é: “de 0 a 10, qual a probabilidade de você nos indicar para um amigo ou colega?”.

- Notas de 0 a 6 são detratores. Tiveram algum problema, foram mal-atendidos, etc. Além de não voltarem a comprar, provavelmente vão fazer marketing boca a boca negativo da empresa. Para esses, você precisa perguntar o que aconteceu - e resolver.

- Notas entre 7 e 8 são neutros. Talvez indiquem, talvez não. Talvez comprem de novo, talvez não. Ou seja, fidelidade muito baixa. Para esses você pergunta: “o que poderíamos fazer para que você nos desse uma nota 10?”. Essas respostas são sugestões de melhoria.

- Notas entre 9 e 10 são promotores. Esses além de voltar a comprar, indicam a empresa. Para esses a recomendação é dupla: pedir um testemunhal e também indicação de potenciais novos clientes.

b) Para quem ainda não é cliente (prospect): perguntar ou pesquisar quais são os maiores incômodos (o que eu chamo de “irritadores”) e trabalhar em cima disso. Veja o caso da Azul, por exemplo, que fez uma pesquisa e descobriu que um dos grandes irritadores das pessoas que viajam é sentar na poltrona do meio. Eliminou essa poltrona, deu às pessoas opções de lanchinho, etc..., e imediatamente conquistou seu espaço. Tudo baseado  em eliminar coisas que irritam as pessoas ao comprar ou utilizar o produto/serviço.

G&N: Quais são os diferenciais das pequenas e médias empresas em relação às grandes?

RC: As pequenas empresas têm que aproveitar o que têm de melhor: agilidade, proximidade com o  cliente, atendimento, customização/personalização, ou seja, justamente os pontos fracos mais comuns dos concorrentes maiores.

G&N: É possível que as pequenas e médias empresas cheguem a situações em que a única alternativa para continuar os negócios seja aumentar o preço? 

RC: Se ela não aumentar, vai quebrar, ou ficará patinando na mediocridade, o que é ainda pior. A questão é como aumentar preço sem perder faturamento. Nesse caso o exercício que eu faço é construir o que chamo de Perfil do Cliente Ideal (PCI). São as características de clientes que valorizam o que a empresa realmente tem para oferecer como diferencial, e que pagam por isso. O que eu vejo é que a maior parte das pequenas empresas não segmenta sua base de clientes, por isso têm tantos problemas. A pequena empresa precisa achar o nicho/segmento de clientes que valorize o que ela tem, e isso, na imensa maioria das vezes, significa começar a dizer não para uma parcela de clientes que demanda muito, mas não dá lucro, e não ficar tentando agradar a todos com preços mais baixos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

7 sinais de que sua equipe de vendas está com problemas


Um dos assuntos com os quais mais tenho me preocupado ultimamente é com o que chamaria de “saúde” de uma equipe comercial. Para mim, uma equipe de vendedores é algo vivo e pulsante.

Você pode rapidamente sentir o nível de energia de uma equipe comercial numa reunião ou ao analisar os relatórios de vendas. Uma equipe de vendas saudável pulsa, vibra, respira.

Por isso chamou-me a atenção um teste desenvolvido por Paul McCord, especialista norte-americano, para que um líder de vendas reconheça quais são os 7 sintomas mais comuns de problemas numa equipe comercial. São eles:

  1. Reuniões atrasadas e sem energia
  2. Apatia geral da equipe
  3. Queda constante nos resultados de vendas
  4. Brigas e disputas internas
  5. Tensão e pressão exagerada
  6. Baixíssima troca de experiências
  7. Desprespeito claro às regras
São assuntos sobre os quais falamos constantemente no GEC, meu curso online de Gestão de Equipes Comerciais do Instituto VendaMais que está com as inscrições abertas para a turma de 2013. Para quem tiver interesse no assunto, as aulas começam em Fevereiro e você pode encontrar mais informações aqui: www.institutovendamais.com.br

Agora faça o teste, marcando V (Verdadeiro) ou F (Falso) e veja como anda a saúde da sua equipe comercial:

1) As reuniões começam sempre atrasadas por que muita gente não chega no horário, não se importa com a reunião ou, pior, fica reclamando que aquilo é um desperdício de tempo. O líder não consegue engajar e motivar a equipe.

2) As reuniões são um monólogo onde só o líder fala. O resto da equipe está apático, não fala o que pensa, não dá sugestões ou idéias novas e basicamente fica todo mundo passivamente esperando a reunião acabar logo para voltar a trabalhar. Se alguém abre a boca é para falar mal de alguém, de alguma coisa ou reclamar.

3) Os resultados de vendas começam a cair gradativamente, mesmo sem que nada de muito diferente tenha acontecido no mercado. Pior: os vendedores parecem aceitar isso como se fosse normal. A única coisa que realmente os incomoda é que as comissões estão caindo.

4) A equipe comercial está claramente ‘rachada’: grupos de interesse, feudos e patotinhas rivais começam a se formar. Ao invés de trabalho e espírito de equipe, temos atritos constantes, discussões e acusações entre pessoas que parecem gastar mais tempo com brigas internas do que com vender e atender melhor os clientes.

5) Ninguém mais dá bom dia, boa tarde, nem por favor nem obrigado. O ambiente é sério o tempo inteiro – só cobrança e pressão. A energia não é de descontração – é de tensão (em alguns lugares, uma tensão pesada mesmo).

6) Ninguém pede ajuda, nem ao líder. Ninguém sabe o que os outros estão fazendo. Ninguém aprende ou ensina com a experiência dos outros. É basicamente ‘cada um por si e eu por mim’.

7) Os vendedores claramente não respeitam mais as regras da empresa nem o líder. Dão mais desconto do que deveriam e nada acontece. Vendem o que querem vender ou só o que o cliente pede e mais nada. O líder fala fala, todo mundo escuta, escuta e ninguém faz nada. Ou seja, os vendedores basicamente deram um golpe de estado silencioso e assumiram o comando, aproveitando a fraqueza (ou o excesso de bondade) do líder.

Se você marcou alguma dessas alternativas do teste como ‘verdadeira’, saiba que podemos ajudá-lo mudar isso.

São assuntos sobre os quais falamos constantemente no GEC, meu curso online de Gestão de Equipes Comerciais do Instituto VendaMais que está com as inscrições abertas para a turma de 2013 - www.institutovendamais.com.br

Estes problemas não surgem por acaso – sempre têm uma raíz. Causas que podem estar provocando isso incluem:

  • o/a gerente perdeu a mão da equipe,
  • pode ser que o/a líder não tenha sido preparado adequadamente para o cargo (isso é muito comum em Vendas!),
  • pode ser que algum vendedor mais problemático esteja envenenando o ambiente,
  • pode ser que os diretores da empresa enlouqueçam todo mundo com suas demandas,
  • pode ser desorganização e falta de foco,
  • pode ser falha de comunicação…

Enfim, existem ‘n’ fatores que desestabilizam a saúde de uma equipe de vendas. Felizmente essas causas todas têm cura. Mas não vão ser resolvidas sozinhas – você precisa de ajuda. E precisa agir AGORA se quiser reassumir o controle da equipe e melhorar seus resultados.

Tem líderes que escolhem continuar com dificuldades na equipe, parecem que gostam de sofrer. Mas eu sei que você não é esse líder. Sei que você é do tipo que vai buscar informação e procura a melhoria contínua. E que investe naquilo que sabe que funciona. (Se você é vendedor – repasse esta mensagem para seu líder!).

No GEC são 10 módulos e cada módulo acontece em um mês, ou seja, teremos aula de fevereiro a novembro. Confira a lista:

FEV: Posicionamento estratégico
MAR: Indicadores de performance
ABR: Treinamento e desenvolvimento
MAI: Recrutamento e seleção
JUN: Comunicação para líderes
JUL: Criatividade em vendas
AGO: Lucratividade
SET: Remuneração e inventivos
OUT: Administração do tempo
NOV: Campanhas de vendas

Começamos as aulas no dia 01 de fevereiro. Inscreva-se agora mesmo em http://www.institutovendamais.com.br/gec/inscricao

Aguardo você! Vamos juntos fazer com que sua equipe volte novamente a ter reuniões produtivas, ambiente energizado, resultados de vendas em ascensão, respeito por regras e pela liderança. Ou seja, como uma equipe de vendas deveria naturalmente ser.

Abraço e boa$ venda$,

Raul Candeloro

P.S.: Sinta-se livre para passar esta mensagem a mais gente da área comercial para que façam o teste também e depois comparem os resultados!

P.S. 2: Em dúvida? Veja aqui alguns testemunhais de alunos que fizeram o curso: http://www.institutovendamais.com.br/gec/testemunhais